Tal como Éfesos, a antiga Míletos ficava às margens de um grande golfo, o golfo de Látmia. A ocupação do local teria ocorrido ao final do segundo milênio a.C. e nos séculos VI a.C. a cidade já era a maior da Iônia.
Três figuras de destaque na filosofia hellênika são oriundas de Míletos, os filósofos Talês, Anaxímandros e Anaximénes. Outra personagem famosa foi a cortesã Aspasía, que após migrar para Atênai se tornaria amante do grande Periklés.
Após a conquista persa, Míletos foi incorporada ao império. No início do século V a.C. os milésios lideraram uma rebelião contra seus senhores que acabou por ser derrotada em uma batalha naval ao largo da ilha de Láde. Como um duro exemplo, Míletos foi arrasada pelos persas. Pouco depois, com a supremacia ateniense no Aigáios, a cidade foi reconstruída com o formato de quadras retangulares e ruas perpendiculares entre si. Esse padrão influenciaria Hippódamos, um arquiteto que nasceu em Míletos e que criou o chamado padrão hipodâmico, a desenvolver o projeto urbanístico na península do Peiraêus, porto de Atênai.
No início da guerra do Peloponeso Míletos era aliada de Atênai, mas rebelou-se contra os atenáioi junto com todos os iônios, aliando-se aos peloponésios. Kalikratídas, sucessor de Lísandros em seu primeiro mandato como náuarkos, transformou Míletos na base da frota peloponésia. Em seu segundo mandato, Lísandros mudou novamente a base para Éfesos a fim de estar mais perto de Sárdeis do príncipe Kúros.
Míletos teria alguma relevância após ser conquistada pelo Turcos sendo base de seu comércio com Veneza, antes da tomada de Constantinopla. O golfo de Látmia foi também assoreado por sedimentos trazidos por um rio, o Máiandros (Meandro), e a cidade foi abandonada no século XV.
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