OS SENHORES DO MAR

Hellênika Livro I

Grécia, quinto século antes de Cristo – Após vinte e seis anos de matanças e destruição, a guerra entre atenienses e espartanos segue em um impasse e sem perspectivas de haver um lado vencedor. Os choques de infantaria nos primeiros anos haviam dado lugar ao confronto de imensas frotas de trirremes no mar. Além de mais destrutiva, a guerra se tornara muito mais complexa e dispendiosa. Os dois oponentes se encontram exauridos de combatentes, navios e dinheiro, enquanto todos sofrem, sejam homens ou mulheres, aristocratas ou gente do povo:

  • Um espartano isolacionista, apegado as seculares tradição de seu país, é obrigado a lutar uma guerra distante, sobre o convés de navios, uma forma que considera degradante e sem sentido.
  • Um cavaleiro ateniense oriundo de uma família aristocrata cuja fortuna fora dilapidada pelas contribuições compulsórias de guerra deve encarar a sua nova realidade entre marinheiros e remadores, homens que considera seus inferiores.
  • Uma jovem escrava de Mileto, criada desde a infância para servir aos ricos clientes de sua proprietária, ambiciona audaciosamente um futuro melhor em um mundo masculino, onde as mesmo as mulheres livres não têm quase direito algum.
  • Um homem com origens humildes, muito sagaz e inescrupuloso, é a esperança dos espartanos para vencer seus inimigos em um teatro de operações no qual estes sempre foram superiores. Se vencer, será considerado o maior entre os gregos, se for derrotado, voltará para a obscuridade.
  • Dois antigos amigos cuja relação fora abalada por questões políticas tentam reverter o seu afastamento do comando da frota ateniense após vitórias passadas. Mas, para isso, precisam vencer as intrigas entre facções democráticas e oligárquicas.


O destino destas personagens está à mercê da guerra que parece eternizar-se. Todas as atenções e expectativas estão voltadas para as duas frotas que navegam pelo Mar Egeu em busca de uma oportunidade para o confronto final antes das águas turbulentas do inverno.