CRONOLOGIA

As idades do Bronze e Arcaica

1.250 – Data aproximada da queda de Tróia, ou Ílion; Apogeu de Micenas.

1.100-900 – Migração dos dórios, povo indo-europeu que se estabelece na península do Peloponeso, levando ao colapso de Micenas e da civilização da idade do bronze.

776 – Data tradicional da primeira Olimpíada.

750 – Data aproximada da fundação das primeiras colônias no sul da Itália.

734 – Data aproximada da fundação de Náxos, a primeira colônia na Sikelía.

700 – Data aproximada da transcrição escrita dos poemas ‘Ilíada’ e ‘Odisseia’, que tratam da guerra de Tróia, ocorrida cerca de quinhentos e cinquenta anos antes.

630 – Os Lakedaimónioi completam a conquista da Messênia.

621 – Drákon introduz novo código de leis em Atênai, considerado muito severo para os padrões posteriores, o que originou o adjetivo ‘draconiano’.

594 – Sólon torna-se arkôn em Atênai.

561 – Peisístratos torna-se tirano em Atênai.

547 – Kíros II torna-se rei da Pérsia e dá início à expansão do império.

522 – Darêios I torna-se o novo Grande Rei persa sucedendo ao filho de Kíros II.

510 – O tirano Hippías, filho e sucessor de Peisístratos, é expulso de Atênai com o auxílio dos Lakedaimónioi.

508 – Kleisténes, um aristocrata da família dos Alkmeónidas, introduz as primeiras reformas democráticas em Atênai.

As guerras contra os Persas (499-466 a.C.)

499 – Revolta dos Hellénes da Iônia contra o império persa. Os atenáioi auxiliam os rebeldes no saque de Sárdeis.

493 – A frota rebelde é destruída pelos persas ao largo da ilha de Láde e os líderes severamente punidos. Míletos é arrasada.

490 – Darêios I ordena a primeira invasão persa para se vingar dos atenáioi por seu apoio aos rebeldes nove anos antes. Os invasores são derrotados na Batalha de Maratóna.

483 – Temistoklês convence os atenáioi a utilizarem a prata das recém-descobertas minas de Láurion (na Attiké) para a construção de uma frota de duzentas trirremes.

480 – Segunda invasão persa sob o comando direto de Xerxes I, filho e sucessor de Darêios I; Um exército de aliados hellénes sob Leonídas, rei dos lakedaimônios, é derrotado nas Termópilai após três dias de heroica resistência, em especial de seus trezentos hippêis.

Os hellénes destroem a frota persa ao largo da ilha de Salamína e Xerxes volta à Ásia.

479 – Os hellénes voltam a vencer os persas em Plátaia, na Boiotía, e no mar, ao largo do cabo Míkale, na Iônia.

A guerra fria entre Atenienses e Lakedaimónios

478 – Sob a liderança dos atenáioi é criada a Liga de Délos com o objetivo de organizar a defesa comum dos hellénes contra futuras agressões dos persas.

466 – Os atenáioi e aliados da liga de Délos derrotam a frota persa na foz do Rio Eurímedon, na Pamfilía.

461 – Periklês, descendente de Kleisténes, torna-se o principal líder democrático em Atênai, posição que manteria pelas três décadas seguintes.

460-454 – Os atenáioi e seus aliados enviam uma expedição para auxiliar rebeldes egípcios que tentam libertar o país de seus ocupantes persas. Após seis anos, a expedição termina em desastre. A frota é destruída com a perda de cerca de cinquenta mil homens e duzentas e cinquenta trirremes.

457 – Vitória dos Lakedaimónioi sobre os atenáioi em Tánagra; dois meses depois, os atenáioi vencem os boiôtios em Oenófita.

454 – O tesouro da Liga de Délos é transferido para Atênai. As contribuições dos aliados tornam-se nada mais do que tributos. Com isso a Liga de Délos torna-se o império atenáio.

447 – Tem início a construção do Partenón na acrópole de Atênai. A obra consumiria quatorze anos e seria entregue em 433 a.C.

445 – Atenáioi e Lakedaimónioi firmam um tratado de paz que (supostamente) deveria durar trinta anos.

A Guerra do Peloponeso

432 – Após uma série de divergências insuperáveis, os Lakedaimónioi e seus aliados declaram guerra aos atenáioi.

431 – O rei lakedaimónio Arkídamos II invade a Attiké à frente de um exército enquanto os atenáioi se refugiam dentro de suas muralhas e passam a realizar expedições contra as costas do Peloponeso.

430 – “A praga”, uma epidemia (provavelmente de febre tifoide) irrompe em Atênai. Em uma cidade superlotada a contaminação é grande e milhares adoecem e morrem. Os corpos são sepultados em covas coletivas, sem identificação. A epidemia é recorrente pelos três anos seguintes, matando entre um quarto e um terço da população.

429 – Morte de Periklês, vitimado pela epidemia.

425 – Os atenáioi isolam uma força inimiga na ilha de Sfaktéria, na costa da Messênia. Após serem derrotados, os sobreviventes (entre eles 120 spartiátai) se rendem, para surpresa de todos os Hellénes.

423 – O lakedaimónio Brasídas conquista a colônia atenáio de Amfípolis, na Tráke, fundada quatorze anos antes. Ao não conseguir evitar sua queda, o strategós atenáio Tukidídes sofre ostracismo e se exila em terras de sua família na Tráke.

422 – Os atenáioi enviam forças sob Kléon para retomar Amfípolis, mas são derrotados. Brasídas e Kléon morrem em combate.

421 – Com a morte dos dois líderes, os dois lados celebram um tratado de paz. Os prisioneiros lakedaimónioi tomados em Sfaktéria são finalmente devolvidos ao seu país após quase quatro anos.

419 – Alkibiádes incita a discórdia entre os argivos e lakedaimónioi para desestabilizar a liga dos peloponésios.

418 – Sob o comando de Ágis II, os lakedaimónioi vencem os argivos e seus aliados atenáioi na batalha de Mantinéia. Mil cavaleiros sob o comando de Alkibiádes participam da batalha.

416 – Os atenáioi enviam uma frota contra a ilha de Mélos, aliada dos lakedaimónioi, e exigem sua submissão. Os mélios resistem.

415 – Alkibiádes incita os atenáioi a enviarem nova frota contra a Sikelía, desta vez para tomar Sirákousai. A expedição mobiliza muitos recursos e tem Alkibiádes entre seus líderes, junto com Nikías e Eurímedon; Alkibiádes é acusado de ter participado de atos de vandalismo em Atênai antes de sua partida e é escoltado de volta. Temeroso por sua condenação, Alkibiádes foge e pede asilo em Esparta.

415 – Mélos se rende e todos os homens adultos são mortos, enquanto mulheres e crianças são vendidas como escravas. A ilha é ocupada por colonos atenáioi.

414 – Alkibiádes convence seus anfitriões a enviarem um contingente para auxiliar os Siracusanos e manter um forte permanente em Dekéleia, na Attiké. O forte passa a ser mantido por uma guarnição permanente sob o comando de Ágis II.

413 – Apesar do envio de reforços a Sirákousai, a expedição dos atenáioi e aliados termina em completo desastre. Quarenta mil homens são mortos e cerca de duzentas trirremes são perdidas. Os líderes restantes, Nikías e Demosténes, são executados.

412 – Alkibiádes foge de Esparta e conspira para voltar a Atênai. Os atenáioi elegem um conselho de anciãos para conduzir o estado em um momento de grave crise. Os lakedaimónioi celebram um tratado com a Pérsia, que promete ajudá-los contra os atenáioi financiando a construção de uma frota de trirremes.

411 – Golpe dos Quatrocentos em Atênai, tendo Teraménes como um de seus líderes. A democracia é derrubada. Ao mesmo tempo, na ilha de Sámos, os democratas da frota reagem contra o golpe tendo Trasíbulos como um de seus líderes. Os atenáioi entram em uma quase guerra civil. Após alguns meses os membros dos quatrocentos entram em conflito uns com os outros e o conselho é derrubado, sendo substituído pelo governo dos cinco mil. As duas facções (Atênai e em Sámos) aceitam o retorno de Alkibiádes e celebram a paz; Os atenáioi vencem os peloponésios nas grandes batalhas navais de Kinóssema e Ábidos, ambas no Helléspontos.

410 – Os atenáioi vencem novamente a frota peloponésia ao largo de Kízikos, na Propontída. Os peloponésios propõem a paz, mas esta é negada pelos atenáioi. Em Atênai o efêmero governo dos cinco mil é substituído pela democracia plena, tal como era antes.

408 – Darêios II, Grande rei da Pérsia (e neto de Xerxes I), envia seu jovem filho Kíros como comandante das forças persas a oeste da Anatólia.

407 – Os Lakedaimónioi elegem Lísandros como náuarkos. Com o apoio do príncipe Kíros, Lísandros reconstrói a frota peloponésia e bate os atenáioi ao largo de Nôtion, na Iônia. De forma irresponsável, Alkibiádes havia deixado o comando dos navios para o seu kibernétes que foi derrotado e morto na luta. É uma vitória limitada, com poucas perdas para os derrotados, porém, sua grande repercussão é grande e Alkibiádes sente-se obrigado a fugir com o temor de ser punido por seu povo e se exila na Tráke.

406 – Lísandros é substituído por Kalikratídas ao final de seu mandato. Kónon substitui Alkibiádes em Sámos, mas encontra a frota em estado de desalento. Somente 70 trirremes estão habilitadas a lutar entre mais de 100. Sem ter como encarar os peloponésios ele acaba sendo cercado no porto em Mitilêne, na ilha de Lésbos. Alarmados, os atenáioi constroem uma nova frota em pouco mais de um mês para libertar seus navios. Os escravos convocados como remadores recebem promessas de liberdade e cidadania. Na batalha ao largo das ilhas Arginôusai, a frota atenáio construída às pressas destrói novamente a frota inimiga e Kalikratídas perece na luta. Após a batalha, uma tempestade impede os vencedores de resgatarem as tripulações de vinte e cinco de suas naus, cerca de cinco mil homens. Em um julgamento dramático, os oito strategói vitoriosos são acusados de leniência com o resgate dos náufragos. Os seis que voltam para Atênai são condenados à morte.

Lísandros reassume o comando da frota de Esparta e de seus aliados após um arranjo excepcional que burlou a lei.

Dez, início de minha história.

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