ATÊNAI (ATENAS)

No século V a.C. Atênai havia se tornado o mais populoso centro urbano de toda a Helláda. Mas, ainda assim, a sua maior dimensão a contar das muralhas não media mais do que 2 km. O vídeo desenvolvido pelo site AncientAthens3D.com nos dá uma impressionante e muito verossímil visão reconstruída do que seria a cidade em seu auge: https://youtu.be/ulAxMLJ7O7M. Incluo abaixo alguns prints dele (imagens 1, 2, 3, 3.1 e 3.2).

A acrópole, a antiga fortaleza na idade do bronze, foi convertida em centro religioso ainda no período pré-clássico. Em 480 a.C. os persas tomaram a cidade e destruíram suas principais construções. Somente décadas mais tarde, já na segunda metade do século V, os templos da acrópole foram reconstruídos. Na imagem 3 podemos observar a base da colina: o teatro de Dionísio e o Odêion de Periklés, logo ao seu lado, ambas as construções em madeira. No topo destacam-se o Partenóna (imagem 4), templo dedicado à Atená Pártenos (ou à virgem Atena), o Erékteion e a Propílaia (imagem 5), por onde se tinha acesso ao conjunto. A imagem 3.1 mostra a agorá, o centro político e comercial da cidade, e a imagem 3.2 a colina da Pníka, onde se reunia a Ekklesía, a assembleia aberta a todos os cidadãos.

No início do século V a.C. a península do Peiraêus foi fortificada e ligada à cidade por duas longas muralhas (imagem 7) para formar um único complexo fortificado. Seus três ancoradouros naturais – Kántaros, Zêa e Mouníkia (imagens 8 e 9) – tornaram-se os portos principais em substituição ao Fáleron. O Kántaros era o porto comercial, enquanto Zêa (imagens 12-14) era o principal porto militar onde ficavam as docas para se construir e manter as triéreis. As docas eram descritas ainda na antiguidade como uma das maravilhas do mundo. Mouníkia (imagens 10-11) complementava os outros dois, sendo o menor em dimensões.

Desde 1834, dois anos depois da independência grega, Athína (nome atual) é a capital do país, concentrando quase 4 milhões de pessoas em sua área metropolitana. A planície, que no passado era ocupada por fazendas e bosques com oliveiras, é hoje completamente tomada pela cidade que se uniu ao seu porto.